Foi assim que eu me senti ontem. Um estranho no ninho.
Não sei se vocês sabem, mas eu moro muito perto da praia. Uns dez minutos a pé. E eu fui ontem à praia. Mas fazia uns dez anos que eu não ia à praia, por alguns motivos simples:
1 - Eu não sei nadar - E não tem nada mais sem graça do que ficar na areia torrando por séculos;
2 - Eu sou muito branquelo - Nem pareço carioca. Quando você pensa em carioca e lhe vem aquela imagem de gente vagabunda e bronzeada de praia, esqueça se essa pessoa for eu. Vagabundo eu posso até ser, mas bronzeado...
3 - Eu enjoei - Quando criança eu ia à praia praticamente todo dia, mas teve uma hora que eu simplesmente enjoei e nunca mais voltei na dita cuja.
4 - Todos e nenhum dos motivos anteriores - Na verdade tudo que eu falei antes é verdade, mas é a maior balela também. O motivo principal de eu não ir à praia é vaidade, pura e simples. Eu não acho que tenho um corpo muito apresentável, apesar de ter gente que acha o contrário, e fico muito sem graça de ter que tirar a camisa na frente de outras pessoas. E nesse domingo, no tempo que eu fiquei na praia (de camisa e embaixo da barraca), fiquei olhando para as pessoas e vi que tem muita gente pior do que eu que nem liga pra esse negócio de corpo bonito. É praticamente um atentado ao pudor e aos bons costumes. E eu não quero engrossar esse movimento.
E o pior é que agora eu estou sendo pressionado para malhar e ir à praia com mais frequência. Tenho que arranjar um modo de fugir disso. Se alguém tiver alguma idéia...
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Estranho no ninho
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